O presidente do CD Nacional, Engº Rui Alves, foi um dos oradores no segundo dia do Thinking Football Summit, este que é o maior evento de discussão e reflexão sobre o Futebol Profissional alguma vez organizado em Portugal e que decorre na cidade do Porto, de 7 a 9 de Setembro.

Quase a completar três décadas na presidência do CD Nacional, Rui Alves deu uma autêntica aula no ‘Talent Room’, tendo abordado as transformações do Futebol mundial e o caso específico português, à luz da experiência de quase 30 anos de dirigismo.

“Existem dois momentos determinantes na história do Futebol mundial, a primeira com o acordo Bosman, que criou o direito económico do jogador. Mais tarde, tivemos jogadores a saírem de clubes com rescisões unilaterais, invocando a lei Webster”, explicou Rui Alves, sem esquecer outros momentos que, na opinião do presidente do CD Nacional, também contribuíram para a mudança da indústria.

“O futebol desporto passou a ser futebol negócio com a parte financeira. De seguida, entraram no mercado os representantes dos jogadores, que depois chegaram a ter percentagens de direitos económicos dos atletas”, referiu Rui Alves.

O presidente do CD Nacional explicou que estas mudanças acompanharam as alterações de paradigma do Futebol mundial, e também se referiu ao estado atual da Justiça Desportiva, com a opinião que a criação do Tribunal Arbitral do Desporto, pensado para ser a última instância desportiva, algo que foi declarado inconstitucional. «É mais um tribunal de advogados do que de juízes e, na minha opinião, retirou espaço ao Conselho de Justiça e provocou uma justiça de ricos e de pobres”, atirou Rui Alves.

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