O presidente do CD Nacional, Rui Alves, participou este sábado num debate sobre os desafios da insularidade no Futebol Profissional, desde constrangimentos logísticos, financeiros e na capacidade de atrair e reter talento. A iniciativa integrou a 25ª Ação de Formação de Delegados da Liga Portugal, a decorrer no Funchal.
O líder do CD Nacional abordou e deu voz às dificuldades logísticas que os clubes insulares vivem diariamente, com todas as deslocações para competir a nível nacional. Rui Alves alertou ainda para as dificuldades de contratação de jogadores, nomeadamente atletas nacionais que residam no continente.
“Estes constrangimentos de mobilidade entraram na rotina, não creio que reduzam a competitividade das equipas insulares. As equipas têm duas dimensões, a do local onde estão, e a outra da estratégia política do Governo Regional. Esta dimensão impõe mais ou menos constrangimentos à nossa competitividade. Só nos sentimos em igualdade quando contratamos estrangeiros. Se fosse atleta profissional e natural do continente, preferia ficar num clube continental. Mas não devemos fazer dos desafios problemas”, sublinhou Rui Alves.
Rui Alves destacou os problemas da base de recrutamento. “Esse é o verdadeiro constrangimento insular. A base é curta. Vivemos num ciclo demográfico preocupante. O número de atletas que podemos captar é limitado. Mas o nosso projeto de formação é diferente. O CD Nacional não é uma fábrica de atletas profissionais, mas sim uma fábrica de homens de futuro”, reforçou Rui Alves.