O restaurante do piso 1 do Estádio da Madeira acolheu esta noite o jantar de entrega de galardões do grupo ‘Os Alvi-negros’. Uma cerimónia de grande tradição e que teve como objetivo distinguir os que mais se destacaram ao serviço do clube na temporada anterior.

Galardoados

Dirigente do ano: Pedro Mota

Sócio Dedicação: António Jorge Andrade

Técnico do ano: Albano Oliveira

Atleta amador: Pedro Galvão Gouveia (natação)

Atleta profissional: Jota

Futebolista jovem: Luis Paulo

Saudade: Hélder Silva

Menção honrosas: Alice Bela Freitas

António Jorge Andrade deixou apelo à união de todos os nacionalistas

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Em nome dos galardoados falou António Jorge Andrade, que vincou o seu enorme orgulho pelo prémio recebido, deixando ainda um  incentivo aos ‘Alvi-negros’, para que continuem o seu trabalho em prol do CD Nacional. A terminar uma palavra em prol da união de todos os nacionalistas em torno do sucesso da equipa, no futebol e em todas as modalidades praticadas no clube.

Jorge Miguel Gonçalves sublinhou mérito dos galardoados

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Jorge Miguel Gonçalves, em nome do Conselho Diretivo de ‘Os Alvi-negros’, lembrou João Gris Teixeira, vice-presidente do CD Nacional recentemente falecido, apontando a sua forma de estar, em prol da união, como exemplo a seguir.

Reiterando a total disponibilidade do grupo em colaborar com tudo que a direção precisar, vincou que a descida de divisão não irá abalar a alma nacionalista.

Falando dos galardoados, a Pedro Mota elogiou a orientação dada às amadoras, que tantos títulos conquistaram, de António Jorge Andrade, sublinhou a paixão com que vive o clube no dia a dia. Para Albano Oliveira ficou o elogio pelo trabalho fantástico feito com a equipa de Iniciados, que ganhou tudo o que havia para ganhar.

No que toca a Pedro Galvão Gouveia, sublinhou que a dedicação e trabalho estão refletidos nos resultados, sendo por isso muito fácil escolher. Mais difícil foi escolher o melhor do ano no futebol profissional. O resultado final da equipa sénior de futebol não foram os melhores, mas Jota acabou por ser uma escolha meritória. Depois de ter já recebido um galardão como atleta jovem, agora como profissional. “Depositamos em ti e nos teus colegas muita confiança para a época em curso”.

Para Luís Paulo, supercampeão da época passada, ficou o desejo de que seja veículo condutor para todos os colegas que estão na formação do clube. “Transporta o teu mérito para todos os colegas, pois todos juntos somos poucos para o sucesso final”

Saudade não é sinal de esquecimento. Muito pelo contrário referiu Jorge Miguel Gonçalves ao referir-se a Hélder Silva. “Esta saudade é fruto da convivência que muitos de nós partilhámos com o senhor Hélder. Sócio, dirigente, um exemplo de amor ao seu Nacional.”

A fechar, a menção honrosa a D. Bela. “Anos a fio de empenho e organização, para que nada falte às nossas equipas, do futebol jovem aos profissionais” Um serviço excepcional agora reconhecido pelo Grupo ‘Os Alvi-negros’.

Rui Alves lamenta que desporto seja tratado na Madeira como ‘patinho feio’

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Tomou depois a palavra Rui Alves, presidente do CD Nacional, que começou por destacar este jantar de ‘Os Alvi-negros’ como um momento único de comunhão entre todas as modalidades do clube.

Lembrando que a Madeira liderou a nível nacional o conceito e visão do desporto como parceria entre instituições desportivas e os que nos representam, o presidente do CD Nacional lamentou que a política atual da Região trate o desporto como patinho feio.

E deu um exemplo:  No que diz respeito ao desporto, os Açores sempre tiveram um papel secundário relativamente à Madeira. Agora tem um financiamento muito superior ao que se faz na Madeira.

Sublinhando que o Nacional tem como adversário um clube dos Açores, que recebe mais 25% de subvenção pública e a tempo e horas, Rui Alves realçou que clubes da Madeira não só recebem menos, como começam a receber 8 meses depois de começar a competição. “Assim não é fácil ser competitivo”.

Considerando que este estado de coisas interessa a alguém, aos que fazem silêncio, e as vezes aparecem como advogados de defesa desta política, ficou uma garantia:

“Iremos lutar para que haja uma sensibilidade diferente, as instruções desportivas não podem viver no quadro do come e cala. É isto que temos no presente, mas não é o que queremos no futuro.”

Apontando os Alvi-negros como exemplo de reflexão e critica por dentro, ficou um lamento às pessoas do clube que optam pelo insulto e pela maledicência, como aquela que atingiu recentemente o dirigente galardoado, Pedro Mota.

Deixou contudo um aviso: “Com isso não vamos pactuar. Crítica por dentro sim. O Nacional faz-se de luta por dentro, mas todos juntos por fora.”

Miguel Sousa apela ao trabalho conjunto para construir um Nacional melhor

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A fechar as intervenções, o presidente da Assembleia Geral do Nacional, Miguel de Sousa, que começou por realçar que “o Nacional não seria o mesmo sem os alvi-negros”.

Considerando que o clube não pode ser só ir ao futebol, ficou o alerta: “tem de haver convívio, vivência e imaginação, por forma a encontrarmos forma de atrair os que gostam do Nacional mais do que nos jogos de futebol.”

Sublinhando que os homenageados refletem as diferentes gerações que construíram o Nacional, deixou ainda uma palavra de lembrança pelos que tanto deram o clube e já cá não estão, como Hélder Silva e Gris Teixeira. Mas porque os símbolos não morrem, ficarão sempre na história do clube.

Confessando que ainda que neste momento “o Nacional é mais do que imaginámos”, vincou a sua estima e admiração pelo trabalho feito por Rui Alves e a sua direção, deixou ainda um apelo para que os que discordem não insultem nem digam mal, mas venham antes trabalhar e ajudar a fazer um Nacional melhor.

A finalizar, um repto à direção para que a subida se faça este ano, não deixando para mais tarde aquilo que todos os nacionalistas tanto desejam, que é o regresso à I Divisão.