O programa comemorativo do 107º aniversário do CD Nacional encerrou-se esta noite, com a realização do jantar de gala no Pestana Casino Park Hotel, que contou com a presença de cerca de três centenas de pessoas.
Para além da entrega das medalhas de prata aos sócios com 25 anos de filiação cluâbística, foram ainda atribuídos os prémios Condor: Condor de Prata para Francisco Freitas, o popular Chico, Condor de Ouro para António Spínola Barreto, e Condor de Outro com Palma, a título póstumo, para João Gris Teixeira.
Rui Alves, presidente do Nacional, fez um discurso emocionado, especialmente ao lembrar o recentemente falecido João Gris Teixeira “o meu pai desportivo”.
Lembrando mais um sucesso de Cristiano Ronaldo, considerou-o o exemplo e a marca de uma política que “nós vamos continuar a lutar, em conjunto com o nosso parceiro principal, que é o Governo Regional para que se mantenha a sensibilidade daquilo que é o desporto e a participação nacional das instituições desportivas da Madeira representam para a própria autonomia.”
Lembrando o PAEF em 2011, que trouxe dificuldades para todos e como tal também para o desporto, ficou o desejo que o fim do PAEF se reflita no desporto como se refletiu já nos restantes setores.
Em termos desportivo, ficou a crença de que “este ano vamos dar mais uma alegria à Região, regressando à I Liga”.
Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, sublinhou que “se Nacional subir, serei o primeiro a festejar”. Como nacionalista, mas também como presidente do Governo.
Fazendo questão de desmistificar de uma vez por todas a questão dos apoios ao desporto, Miguel Albuquerque colocou-os no mesmo patamar dos apoios à educação. “Estar-se a dizer que se gasta dinheiro no desporto é uma coisa estúpida”, considerou, sublinhando o papel desempenhado pelos clubes na formação desportiva dos jovens.
No caso do futebol profissional, Miguel Albuquerque salientou a forma “transparente” como tal acontece na Madeira, vincando ainda outra ideia: A subida do Nacional na Primeira Liga é benéfico para as finanças da Região pela receita fiscal que tal acarreta.
A fechar os discursos, o presidente da Assembleia Geral do CD Nacional, Miguel de Sousa. Começou por lembrar que “os símbolos nunca morrem”. Por isso “obrigado Gris, obrigado Hélder e a todos os nacionalistas que nos ajudaram a aqui chega e a ser o que somos.
Não sei se somos os maiores, mas somos os melhores. Os nacionalistas são únicos, não se confundem com que que só são grandes se os outros forem pequenos.
Não quero que os outros acabem. Quero regras iguais. Se a gestão do futebol não fosse viciada, todos tinham as mesmas oportunidades.”
Admitindo que a descida à II Liga colocou novos desafios ao Nacional, Miguel de Sousa deixou um repto ao presidente da direção “Rui, venha daí o engenho e a arte para nos devolver à I Liga.”