Em jogo da jornada 21 da Liga NOS, o Nacional empatou este domingo diante da Académica, em Coimbra, 2-2.
Entrou bem o Nacional no jogo, a ameçar a baliza de Pedro Trigueira, mas foi sol de pouca dura. Com uma primeira parte pouco inspirada, onde se sucederam os passes falhados, pouco se viu da equipa em termos ofensivos.
Assim, coube à Académica o maior número de iniciativas ofensivas, que a defesa alvi-negra foi resolvendo com maior ou menor dificuldade.
A 20 segundos do intervalo uma perda de bola a meio campo deu origem a um rápido contra-ataque que Nii Plange aproveitou da melhor forma para bater Gottardi, fazendo assim o 1-0.
Na segunda parte o Nacional entrou transfigurado, e no espaço de 5 minutos deu a volta ao resultado, aproveitando bem as fragilidades da defesa academista.
Gouveia meteu muitos homens na frente mas a defesa alvi-negra foi dando para as encomendas e foi mesmo Rodrigo Pinho quem teve nos pés a melhor oportunidade de golo, valendo a intervenção de Pedro Trigueira.
Em cima do minuto 90 um alivio deficiente da defesa do Nacional permitiu a João Real fazer o empate.
Já em período de compensação o Nacional tem por duas vezes a possibilidade do 3-2, mas dois falhanços incríveis impediram o triunfo
Ficha de jogo
Liga NOS – 21ª jornada
Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra
Árbitro: Luís Ferreira
Assistentes: Nuno Manso e Bruno Trindade
Quarto árbitro: Pedro Ferreira
Delegados da Liga: João Moreira; Tiago Belchior
Académica
Pedro Trigueira, Oualembo, João Real, Ricardo Nascimento, Rafa Soares, Fernando Alexandre, Leandro Silva, Ivanildo, Pedro Nuno, Nii Plange e Gonçalo Paciência.
Suplentes: Lee, Iago, Bouadla, Nuno Piloto, Marinho, Gui e Rafael Lopes.
Treinador: Filipe Gouveia
Substituições: Oualembo por Gui (55’), Pedro Nuno por Rafael Lopes (62’), Ivanildo por Marinho (71’)
Disciplina: amarelo a Ivanildo (64’)
Golos: Nii Plange (45’), João Real (90′)
Nacional
Gottardi, João Aurélio, Rui Correia, Alan, Sequeira, Aly Ghazal, Washington, Bonilha, Willyan, Salvador Agra, Ricardo
Suplentes: Rui Silva, Miguel Rodrigues, Mauro Cerqueira, Boubacar, Witi, Rodrigo Pinho, Román.
Treinador: Manuel Machado
Substituições: Washington por Roman (45’), Ricardo por Rodrigo Pinho (57’), Bonilha por Boubacar (75’)
Disciplina: amarelo a Gottardi (85’)e Boubacar (90’)
Golos: Willyan (46’), Ricardo Nascimento (50’ p.b.)
OS GOLOS
Manuel Machado lamenta golo sofrido ao minuto 90
Na conferência de imprensa realizada no final do encontro, Manuel Machado, treinador do Nacional, lamentou o golo sofrido no último minuto do jogo:
“Sofremos um golo ao minuto 45 e outro aos 90, e isso denuncia um pouco quem teve, hoje, mais felicidade para chegar ao resultado final. A primeira parte foi relativamente dividida e equilibrada, com mais alguma iniciativa da Académica, mas isso fazia parte da nossa estratégia: dar a bola ao adversário para, depois, sair em transição. Nem sempre o fizemos bem e, infelizmente para nós, numa bola longa, acabou a Académica por chegar ao intervalo em vantagem, na melhor ocasião da primeira parte. O segundo tempo é diferente. Tínhamos um resultado negativo, mas entrámos bem. Também tivemos uma ponta de felicidade na medida em que fizemos um golo logo no relançamento do jogo. Mas o facto é que o fizemos e aproveitámos um momento de desnorte da Académica para fazer o 1-2.
E só temos de nos penalizar porque, a partir daí, tivemos três ou quatro momentos em que, com um bocadinho mais de sangue frio e de eficácia, podíamos ter matado o jogo e ter feito o 1-3. Não o fizemos e só temos de nos penalizar por isso. A partir daí, a Académica fez o que tinha de fazer: com os caminhos fechados para a nossa baliza, aproveitou as bolas paradas para fazer lançamentos longos. E aos 90 minutos, numa bola de ping-pong, o adversário teve a oportunidade de fazer o empate. Ainda assim, nos quatro minutos suplementares, a melhor oportunidade para fazer o 2-3 voltou a estar nos nossos pés, e só não o fizemos pela falta de tranquilidade típica das equipas que estão no último terço da tabela, e por mérito do guarda-redes adversário. Mas temos de aceitar este ponto. Não é tudo o que queríamos e podíamos levar daqui, mas é o possível.”
Questionado sobre os benefícios que a entrada de Roman trouxe ao jogo da sua equipa, Manuel Machado analisou-a assim:
“Sim. A ideia não foi outra. Estávamos com três médios – um “seis” e dois “oito” – e ao introduzir um “10” acrescentávamos qualidade à equipa. Em boa hora o fizemos, porque, de facto, o jogador empurrou a equipa para um desempenho diferente e teve a capacidade de fazer um dos golos, julgo. Acho que foi uma alteração bem conseguida, que mudou o perfil da equipa, e levou-a a inverter o resultado. Infelizmente não soubemos matar o jogo nem conter as bolas longas que a Académica lançou para a nossa área.”